Projeto Pirarucu-Gente iniciou ontem (29) seu sétimo e último módulo de capacitação que tem como tema base “Fitoterápicos e Sustentabilidade”. O módulo está sendo ministrado na Casa do Produtor Rural, em Presidente Médici, e acontece até amanhã, dia 31.
Neste último módulo também serão ministradas oficinas de Soberania Alimentar e Nutricional. Nestas oficinas serão desenvolvidas atividades de cunho educacional para que os participantes possam conhecer boas práticas na área da produção e beneficiamento de alimentos de origem vegetal e animal. As atividades são abertas ao público e serão desenvolvidas na Base de Piscicultura Carlos Matiaze, na Casa do Produtor Rural e no Campus da Unir de Presidente Médici.
Programação:
No dia 29 houve a participação de representantes do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), do governo estadual e da niFETAGRO, debatendo as políticas públicas de soberania alimentar e nutricional e quais as ações que estão sendo adotadas tanto pelo governo federal como pelo governo do estado para que a população possa ter alimentos seguros para a saúde e de qualidade superior.
Jenner Tavares, Superintendente do MPA/RO, falou sobre soberania alimentar e nutricional para a agricultura familiar e ressaltou que “as políticas públicas devem ser melhores direcionadas para os pequenos produtores”. Leonel Amaral, coordenador de gestão de programas e projetos estratégicos da Seagri, representando o governo estadual, pontuou as ações estaduais na agricultura e afirmou que o “a Seagri não tem trabalhado como deveria por questões de falta de recursos”.
O presidente da FETAGRO Fábio Menezes abordou sobre os desafios da agricultura familiar para o desenvolvimento da soberania alimentar e nutricional. Apontou como fatores que dificultam o processo de desenvolvimento a necessidade de uma melhor assistência técnica e o não controle de território, sementes e conhecimento. “Não é possível pensar a soberania alimentar e nutricional sem a garantia do território, com a dificuldade de realização da reforma agrária e o avanço da “estrangeirização” e arrendamento da terra. Não temos uma política de educação que nos permita pensar a soberania alimentar. E não dominamos as sementes que estão hoje nas mãos de grandes empresas”, observou.
Ainda nesta tarde, participou a professora doutora da Universidade Federal do Pernambuco, Claudia Lima, explanando sobre plantas medicinais e fitoterápicos. Falou da importância dos fitoterápicos à saúde pelo seu grande potencial preventivo e por ser uma alternativa menos agressiva. Mencionou também que os fitoterápicos têm característica própria de agricultura familiar para sua produção.
Na manhã do dia 30 serão realizadas três mesas redondas: “Pescado e soberania alimentar”, “Fitoterápicos e soberania alimentar” e “Beneficiamento de frutas e soberania alimentar” com a participação de membros da Emater, Professores do Departamento de Engenharia de Pesca da Unir, além da participação professora Cláudia Lima e de agricultores do Rondônia. Depois do almoço os participantes poderão escolher entre quatro grupos de trabalho prático em: 1) Beneficiamento do pescado, 2) Biometria de tambaqui, 3) Produção de fitoterápicos e 4) Processamento de frutas.
No dia 31, no período da manhã, os participantes poderão escolher outro grupo de trabalho prático para participareme após o almoço haverá a apresentação e discussão de todos os trabalhos realizados. Depois da apresentação, haverá uma palestra sobre “Crédito rural com interação solidária como forma de potencializar as unidades produtivas de agricultura familiar” proferida pela Professora Nilza Aleixo da Unir.
À noite, para comemorar o final do Projeto Pirarucu-Gente, acontece o AUÊ Cultural e a Feira da Economia Solidária, começando às 18h30 com a apresentação do DJ Chama Povo e o Grupo “Tomara que dê certo”. A partir das 20 horas, show da dupla “Henrique e Renan”.
Fonte: Assessoria FETAGRO/Projeto Pirarucu Gente
Data: 31.01.2014
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