O Programa municipal de Fitoterapia foi oficializado em agosto de 2003, em 14 unidades de saúde, consideradas unidades piloto, sendo 13 em zona rural e 01 em zona urbana (UBS Eldorado) e, se constituiu basicamente por:
- Disponibilização de 06 fitoterápicos industrializados (visando a complementação da farmácia básica): Xarope de Guaco (Mikania glomerata); Gel de Própolis; Cápsulas de Espinheira-Santa (Maytenus ilicifolia); Cáps. de Pfáffia (Pfaffia sp.); Cáps. de Valeriana (Valeriana officinalis); Cáps. de Sene (Cassia angustifolia);
Foram realizadas as seguintes ações:
- Treinamento específico para as equipes de saúde (médicos, dentistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem);
- Elaboração de instrução de trabalho (primeiro protocolo de fitoterapia);
- Reuniões nas comunidades, onde a população recebeu informações de cultivo, identificação e uso correto de plantas medicinais, além de um folder com as informações relevantes sobre o assunto, em conjunto com os agentes comunitários de saúde;
-Trabalho educativo nas escolas, onde a fitoterapia é abordada juntamente com outros assuntos relevantes;
- Parcerias com instituições de ensino, como a Universidade Estadual de Londrina, Unifil, e instituições e pesquisa - Emater, Iapar, e outras, visando a pesquisa e desenvolvimento de novos fitofármacos e o desenvolvimento da fitoterapia como um todo;
- Articulação para a criação de um grupo interdisciplinar para discussões de assuntos relativos à fitoterapia;
Nos primeiros seis meses de funcionamento do programa, houve grande aceitação da população e dos profissionais de saúde acerca desta terapêutica. Resultados muito bons foram relatados, com os fitoterápicos em uso, além do interesse de diversas instituições na realização de parcerias confirmando o uso da Fitoterapia como terapêutica relevante, permitindo tratamentos menos onerosos, com eficácia comprovada, visando a complementação da farmácia básica.
A ampliação para as unidades básicas de saúde e demais serviços, se deu de forma gradativa, conforme demonstrado abaixo, haja vista disponibilidade de recursos financeiros (próprios do município).
População alvo:
Usuários das Unidades Básicas de Saúde de Londrina, pacientes atendidos pelo Sistema de Internação Domiciliar, Maternidade Municipal Lucila Balallai, Saúde Mental, bem como profissionais da saúde e população em geral, Centro de especialidades odontológicas, clínicas odontológicas, CAPS, Policlínica.
Vantagens da fitoterapia:
Menor incidência de efeitos colaterais; Baixo custo; Respeito à cultura popular; Tratamentos menos agressivos, complementação da cesta básica.
Objetivos do Programa:
Disponibilizar conhecimentos e produtos fitoterápicos para uso na rede básica de saúde do município de Londrina, diminuindo o uso de determinados medicamentos alopáticos e seus possíveis efeitos colaterais, além de oferecer outras alternativas terapêuticas, conforme dispõe a portaria nº 971, de 03 de maio de 2006 do Ministério da Saúde, - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS;
Estimular a prática adequada da Fitoterapia (nas comunidades e nos serviços);
Implementar Educação permanente em fitoterapia (profissionais e população);
Atender patologias não tratadas pela cesta básica, usando Fitoterápicos + plantas medicinais;
Orientar o usuário doméstico;
Capacitar 100% das pessoas envolvidas;
Instituir plantas medicinais e Fitoterápicos na rede;
Acrescentar Fitoterápicos ao receituário médico;
Divulgar a Fitoterapia como ciência, padronizando-a.
Profissionais envolvidos:
Enfermagem; Médicos; Odontologia; Nutrição; Fisioterapia; Psicologia; Educador Físico; Farmacêutico; Redutor de Danos.
CIENTÍFICO + POPULAR: Base para construir a fitoterapia no serviço público municipal em Londrina-Pr.
Quantitativo de prescrições:
Desde 2003, a adesão dos profissionais e pacientes foi crescente, com resultados excelente.
Em 2010, tivemos aproximadamente 56.346 fitoterápicos prescritos e em 2011, aproximadamente 82.000 fitoterápicos prescritos.
Fitoterápicos mais prescritos: Ginkgo Biloba, Castanha da Índia, Arnica gel, Calêndula, Capsaicina (pomada) e Passiflora.
Operacionalização:
O “paciente” chega na UBS e é atendido pelo profissional;
Se for a melhor opção terapêutica, será prescrito um fitoterápico;
São feitas orientações gerais sobre uso adequado de plantas, verificação de interação medicamentosa.
A receita é encaminhada para farmácia de manipulação contratada (por licitação) e, após dois dias o fitoterápico é entregue na UBS. O paciente retorna e recebe o fitoterápico para início do tratamento.
Aproximadamente 400.000 usuários.
Custo mensal (aproximado) de R$28.000,00 (vinte e oito mil reais).
Produções da equipe:
- Protocolo Municipal de Fitoterapia;
- Folder;
- Site de Práticas Integrativas e Complementares;
- Livro Publicado em 2008, em parceria com o IAPAR: “PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS – CULTIVO E UTILIZAÇÃO” – PAULO GUILHERME FERREIRA RIBEIRO E RUI CÉPIL DINIZ . LONDRINA: IAPAR, 2008.
A fitoterapia desperta-me muita curiosidade e o maior interesse,
ResponderExcluirTrato-me sempre com produtos naturais, nas sou autodidata.
A medicina convencional e as multinacionais farmacêuticas imperam na Europa.
Estamos longe da vossa evolução, que permite cada um tratar-se com o tipo de remédio que escolher.
Fico muito esperançada quando tomo conhacimento destas iniciativas.
Abraço, Marcos.