International Journal of Dentistry, Vol. 10, No 1 (2011)
Lívia Araújo Alves, Irlan de Almeida Freires, Vanessa de Carvalho Jovito, Leopoldina de Fátima Dantas Almeida, Ricardo Dias de Castro
Resumo
Objetivo: Avaliar in vitro a atividade antibacteriana de antibióticos (AB) amoxicilina, azitromicina e eritromicina associados aos óleos essenciais de Eucalyptus globulus L. - Eucalipto (OE1), Eugenia uniflora L. - Pitangueira (OE2) e Mentha piperita - Hortelã-Pimenta (OE3) sobre bactérias envolvidas com infecções da cavidade oral. Métodos: Os ensaios microbiológicos, utilizados para determinar a interferência dos óleos essenciais sobre os antibióticos, foram realizados a partir da utilização da técnica de difusão em meio agar, que foi semeado com as cepas bacterianas: Streptococcus mutans (ATCC 25175) e Streptococcus mitis (ATCC 903). Foi avaliada a formação de halos de inibição de crescimento microbiano promovida por discos de papel de filtro impregnados com amoxicilina – AB1 (10 μg/mL), azitromicina – AB2 (15 μg/mL) e eritromicina – AB3 (15 μg/mL) isoladamente e associados às emulsões dos óleos essenciais na concentração de 320 µL/mL. Considerou-se efeito sinérgico na presença de halo de inibição de crescimento bacteriano ≥ a 2 mm quando comparado com o halo de inibição formado pela ação do AB isoladamente, e antagônico quando inferior e indiferente quando do mesmo diâmetro, sempre comparado em relação ao halo do antibiótico isoladamente. Resultados: Observou-se antagonismo, quando AB1 foi associado aos óleos e sinergismo quando associados a AB2 e AB3, com exceção do OE1, que exerceu efeito antagônico sobre AB3 em S. mutans e efeito indiferente sobre AB2 em S. mitis. Conclusão: Os óleos essenciais avaliados interferem na ação dos antibióticos, seja de forma antagônica ou sinérgica, sugerindo a realização de mais estudos acerca da possível combinação.
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