domingo, 26 de outubro de 2014

Cuidado! A automedicação pode trazer consequências graves

Já diz o ditado popular: "De médico e louco, todo mundo tem um pouco". Mas, por acreditar nisso, muito gente já sofreu consequências graves, principalmente por causa da automedicação. A história de muitas comunidades relatam a época em que o acesso ao serviço de saúde era muito difícil, principalmente em áreas ribeirinhas e rurais. Por isso, a busca de alternativas para a cura de muitas doenças englobavam soluções caseiras e a prática da automedicação. Receitas que atravessavam gerações. Hoje, está se fortalecendo cada vez mais na população a consciência de que remédios, só com receita médica. A orientação do serviço de saúde na prevenção e cura de doenças é fundamental para se obter um resultado seguro e benéfico para todos.

A automedicação é perigosa, pois, em alguns casos, ela pode até causar a morte, por efeitos adversos do medicamento. É comum ainda vermos pessoas que tomam o remédio que sobrou, ou mesmo que tomou em um problema de saúde anterior, sem nem mesmo saber qual é a doença.

Pior ainda são aqueles que "receitam" para os outros os remédios que tomaram, achando que farão bem para os problemas de saúde de outra pessoa. Isto se torna mais grave ainda em caso de crianças e gestantes. Gestantes só podem tomar remédios se passados pelo médico e crianças também, porque os remédios para crianças têm que ser conforme a idade, peso e condição de saúde da criança. Mesmo que se diga que a intenção é boa, é para ajudar, vamos respeitar as competências dos profissionais de saúde. Ajude a divulgar essa orientação: remédio, só com receita médica! Faz bem para você, faz bem para a sua saúde.
Regina Reinaldin - Enfermeira da Pastoral da Criança

“Medicamentos: sempre fora do alcance das crianças e seu uso somente com recomendação médica”, alerta Regina.

“Para tudo tem remédio, menos para a morte”, já diziam os nossos avós. Essa crença de que toda dor pode ser combatida com medicamentos, traz uma série de riscos para a saúde. Uma prática muito comum adotada por grande parte da população é o consumo de remédios sem prescrição médica, a chama automedicação. Para entender os perigos da automedicação, confira a entrevista com Regina Reinaldin, enfermeira da coordenação nacional da Pastoral da Criança.

O que é a automedicação?

Automedicação é a administração de medicamentos sem orientação ou receita médica. No Brasil, a automedicação é uma prática bastante comum, não é raro encontrar alguém utilizando o mesmo remédio que o irmão está usando ou que o vizinho tomou. Portanto, é importante alertar a todos que a administração de medicamentos por contra própria pode ter consequências graves, principalmente a intoxicação nas crianças e pode até levar à morte

Quais são os riscos de se utilizar medicamentos durante a gravidez?

Os medicamentos podem atravessar a placenta, exercendo efeitos sobre o bebê, como malformações, alterações bioquímicas e de comportamento. Durante a gestação, a mulher deve evitar usar medicamentos, álcool, fumos, cafeína e drogas em geral. Se houver necessidade do uso de algum medicamento, o médico irá avaliar qual medicamento produz menos efeito adverso. Os três primeiros meses de gestação se constituem num período de maior risco, mas os medicamentos podem afetar todos os períodos da gravidez.

Quais cuidados nós devemos ter ao utilizarmos medicamentos em crianças?

A utilização dos medicamentos em crianças, principalmente nos bebês, necessita de uma atenção especial, porque elas reagem aos medicamentos de forma diferente dos adultos. E estão mais sujeitas a casos de intoxicações por remédios. Por isso, não dê medicamento de uso adulto para as crianças. Use apenas os medicamentos de uso pediátrico. A receita do médico deve ser clara quanto à forma de administração, dosagem e tempo de duração do tratamento. Não suspenda o medicamento antes do prazo de uso estipulado. Qualquer dúvida, converse com o médico. Não use medicamentos de tosse ou resfriados para crianças com menos de 2 anos de idade, a não ser que você receba orientações especificas do médico para utilizá-los. Lembre-se: o remédio que você toma, ou o aquele que o filho da sua vizinha usa, pode ser prejudicial para o seu filho.


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