domingo, 10 de março de 2013

Rio Grande do Sul: Produção de plantas bioativas incentiva jovens a permanecerem no campo

Agroindustrialização de plantas bioativas é uma das alternativas para manter a família rural e o jovem no campo

Créditos: Natália Fávero/ON
Famílias que participam do Consórcio Santa Gema relatam a experiência para os visitantes da Expodireto

Três famílias de Santa Gema, no interior de Passo Fundo, encontraram nas plantas bioativas uma oportunidade para não abandonar o campo. Esta experiência foi apresentada durante a semana passada na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Uma alternativa para tentar amenizar o êxodo rural, em uma época em que os números não são animadores. Conforme a Emater/RS Ascar, 31% das propriedades rurais gaúchas não têm sucessores. 

O espaço do Horto de Plantas Bioativas da Expodireto, teve como tema a inclusão social e a geração de renda. Além das 100 plantas condimentares, aromáticas, tóxicas e medicinais expostas no horto, os visitantes da feira puderam conferir o relato das famílias que fazem parte do Consórcio Santa Gema de Plantas Medicinais. Uma iniciativa que surgiu em 2002, com a implantação de um horto de plantas condimentares e medicinais, em uma área de dois hectares. 

Flávio Casanova, de 24 anos, é um dos sete jovens, integrantes das famílias empreendedoras, que encontraram nesta atividade um incentivo para ficar no campo. Ele se criou no interior e se formou em técnico em agropecuária. “A sociedade foi uma forma de buscar alternativas de fonte de renda e vimos no negócio um futuro. Foi um incentivo pra ficar no campo”, revelou o jovem.

As famílias cultivam um hectare de plantas medicinais e condimentares de espécies como: camomila, poejo, hortelã, endro, calêndula, perpétua, alecrim, manjerona, manjericão, entre outras. As plantas são processadas na agroindústria e comercializadas na feira do produtor.

Horto da Expodireto rico em plantas bioativas

O Espaço do Horto de Plantas Bioativas da Expodireto apresentou mais de cem tipos de plantas. Para diferenciar as espécies, cada plantinha possuía uma plaquinha. As amarelas indicam alerta, as verdes estão liberadas para o consumo e as vermelhas são tóxicas e não podem ser ingeridas. Conforme a coordenadora do espaço, Ana Maria Knoff, a função do espaço é orientar os visitantes sobre os tipos de plantas. “As plantas tem efeito colateral. As que já foram estudadas temos certeza de que fazem bem. O cuidado é com as tóxicas”, alertou a extensionista da Emater.

A visitante da Expodireto, Nilve Lassig, disse que na família sempre teve o consumo de chás. Ela citou a losna, a cidreira e a quebra-pedra. “Meu pai está com 96 anos e por muitos anos tomou o chá de quebra-pedra. Eu faço, mas tenho medo de muitos chás. É preciso ter cuidado”, disse Nilve.

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