sábado, 7 de setembro de 2013

Pesquisadores recomendam plantas alimentícias não convencionais

16/08/2013 Portal Brasil

Grupo de pesquisadores se reuniram para debater o uso de alimentos ricos em vitaminas, mas que nem sempre o consumidor lembra de comprar

Grupo de pesquisadores se reuniu no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para debater os desafios a superar na produção e no consumo de hortaliças 

O grupo recebeu o professor Valdely Ferreira Kinupp, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifam), que falou sobre o tema “Agrobiodiversidade: plantas alimentícias não convencionais”.

Divulgação
Segundo Kinupp, a sociedade vive em um imperialismo gastronômico em que, no mínimo, 52% dos alimentos são provenientes de origem euroasiática. “O homem acabou lutando pela especialização alimentar em vez da diversificação, ou seja, hoje a gente come muita coisa de poucas espécies”, destacou.

O pesquisador aponta três principais motivos pela ausência de hortaliças na mesa dos brasileiros: a falta de informação, o tabu e a falta de produção. O primeiro, disse, leva o consumidor a desconsiderar espécies desconhecidas, geralmente tratadas como “mato”, quando, muitas vezes, têm grande potencial nutricional; o segundo consiste numa resistência por preconceito; e o terceiro é consequência dos dois outros.

“Essas plantas geralmente são chamadas de ‘daninhas’, ‘nocivas’ e vários outros nomes preconceituosos e pejorativos, que refletem um ponto de vista. Você come quase a mesma coisa o ano inteiro. Vai à feira, seja orgânica ou convencional, mas não ousa experimentar uma coisa diferente”, exemplificou o professor.

Kinupp citou experimentos feitos por ele substituindo ingredientes tradicionais por hortaliças e frutos como vitória-amazônica, que usou fazendo pipoca, além das flores, que são comestíveis; o caruru, rico em ferro e vitamina A, que poderia ser utilizado na pizza ou na fabricação de pão; e a orelha-de-macaco, conhecida como espinafre regional, que pode enriquecer o arroz e o feijão.

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