sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Um papel mais relevante para a Medicina Tradicional, na Região Africana

04/09/2013 | África,ONU,Saúde
Brazzaville, Congo — O papel da medicina tradicional nos cuidados de saúde adquiriu um forte impulso desde a publicação da Estratégia Atualizada da Medicina Tradicional, de forma a garantir que os países da Região usam a medicina tradicional como uma opção viável para a melhoria da saúde das populações.

Dirigindo-se aos Ministros da Saúde da Região Africana da OMS, na sua reunião anual, que está a decorrer em Brazzaville, República do Congo, o Diretor Regional da OMS África, Dr. Luís Sambo afirmou: “O objectivo desta estratégia atualizada é contribuir para a obtenção de melhores resultados na saúde, optimizando e consolidando o papel da medicina tradicional nos sistemas de saúde dos países da Região.”

A estratégia centra-se em algumas ações fundamentais a serem implementadas pelos países. Estas incluem: acelerar a implementação de políticas nacionais de medicina tradicional, garantindo a sua segurança, acessibilidade e disponibilidade, bem como a proteção dos direitos de propriedade intelectual, com vista a preservar o conhecimento e os recursos da medicina tradicional.

Outras ações propostas incluem reforçar a capacidade de recursos humanos para o desenvolvimento da medicina tradicional, promover e reforçar o cultivo em larga escala e a conservação de plantas medicinais bem estudadas para a produção de produtos de medicina tradicional e reforçar a colaboração entre as diferentes partes intervenientes, multissetoriais.

Entre as metas determinadas para os países, estão: o investimento na investigação em medicina tradicional; inclusão de produtos de medicina tradicional nas listas de medicamentos essenciais e cultivo em larga escala de plantas medicinais e a produção local, visando as doenças transmissíveis e não transmissíveis prioritárias.

A primeira estratégia regional de medicamentos tradicionais foi adotada pelos países no ano 2000 e foi implementada entre 2001 e 2012. A sua implementação ajudou a consciencializar e a elaborar um perfil da medicina tradicional. As estatísticas disponíveis no Escritório Regional Africano da OMS demonstram que até 2012, 40 países tinham desenvolvido políticas de medicina tradicional, quando comparados com oito países, no ano 2000; 24 países tinham criado programas de medicina tradicional, em comparação com os 10 países no ano 2000.

Ao longo da última década, a implementação da estratégia inicial permitiu igualmente que 39 países criassem gabinetes nacionais de medicina tradicional, em comparação com os 15 existentes no ano 2000. De forma semelhante, 25 países criaram comissões nacionais de peritos, para o desenvolvimento da medicina tradicional e muitos empreenderam medidas para criar e reforçar as capacidades das suas instituições.

Espera-se que os Ministros da Saúde adotem a Estratégia Atualizada de Medicina Tradicional, que irá contribuir de forma substancial para um papel mais relevante da Medicina Tradicional na Região Africana.

Fonte: WHO

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