domingo, 16 de fevereiro de 2014

Planta medicinal contra o câncer

Ter, 11 de Fevereiro de 2014 Alexandre Matos

O Centro de Oncologia do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, vai testar uma planta da família da sálvia contra o câncer de mama.De acordo com a reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/02/1407638-hcor-testara-erva-da-familia-da-salvia-contra-cancer-de-mama.shtml), os estudos clínicos devem começar no ano que vem em pacientes com tumores dependentes de estrógenos, cerca de 80% dos casos da doença.A pesquisa, do grupo do oncologista brasileiro Gilberto Lopes no Instituto Johns Hopkins em Cingapura, foi publicada no CancerLetters. Ele também dirigirá o centro de oncologia do HCor.

Segundo a matéria, nos testes em laboratório, a erva Danshen (Salvia miltiorrhiza), conhecida como ginseng vermelho, mostrou eficácia na inibição do crescimento das células cancerosas. De acordo com os pesquisadores, o composto isolado da planta não apenas bloqueou os receptores de estrógenos, como também se mostrou mais potente do que o tamoxifeno, principal droga usada no tratamento de tumores de mama que dependem desse hormônio para se desenvolverem. O tamoxifeno é extraído da casca do teixo do Pacífico (Taxus brevifolia).

A equipe do HCor isolou o composto ATA da planta. Depois de comprovadas as propriedades antitumorais, os pesquisadores a enriqueceram para aumentar seu potencial de se ligar aos receptores de estrógenos. Dessa forma, o receptor se tornou capaz de se conectar ao receptor e estimular sua degradação.

Entretanto, cientistas afirmam que são necessários mais estudos para comprovar a eficácia da substância. Por outro lado, essa pesquisa pode ser considerada um importante passo para continuar os estudos com plantas medicinais e fitoterápicos no desenvolvimento de medicamentos de origem vegetal.

Coordenadora do Departamento de Química de Produtos Naturais de Farmanguinhos, Maria Behrens concorda com os entrevistados pela Folha, mas espera que a pesquisa clínica realmente não demore muito. “A fitoterapia ainda tem muito a contribuir para a saúde humana e o seu grande potencial finalmente está sendo redescoberto”, destaca a especialista.

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