[Por Cristina Curti, para o EcoDebate]
O mercado das indústrias de alimentos orgânicos sobe às alturas na Europa. De acordo com pesquisa feita pela AIAB (Associação Italiana de Agricultura Orgânica), com base na análise de mercado executada pela Fundação italiana de Pesquisa em Agricultura Orgânica e Biodinâmica (Ismea – Gfk Eurisko-Itália), no primeiro semestre de 2013 houve uma queda de 3,7% no consumo de alimentos convencionais, mas o crescimento do consumo de alimentos orgânicos foi de cerca de 9 % .
Outros recordes vem se estabelecendo neste setor, tais como: 50 000 trabalhadores, 1,2 milhão de hectares de área cultivada, gerando cerca de 3 bilhões de euros. O forte crescimento econômico deste nicho de mercado é um forte impulso para a exportação desta categoria de produtos e a Itália ganhou a liderança na Europa de exportações de produtos orgânicos gerando mais de um bilhão de euros.
“Estes números demonstram um forte aumento do interesse do consumidor, de informação, atenção e portanto demanda por esses produtos” – “É uma oportunidade que deve ser explorada ao máximo, porque abre cenários de desenvolvimento para nosso sistema alimentar e o conjunto do Made in Italy: o orgânico trata somente de alimentação, mas também de cultura, território, inovação e sobretudo sustentabilidade e ética. ” disse Vincenzo Vizioli, presidente da AIAB .
Também é significativo o crescimento do consumo de alimentos orgânicos nas escolas italianas : de acordo com uma recente pesquisa (Nomisma-Pentápolis), o número de refeitório sustentável aumentou em 50% nos últimos 5 anos, totalizando 1,2 milhão de refeições orgânicas consumidas anualmente beneficiando a saúde humana e o meio ambiente.
Com estes números a Itália está em uma boa posição na mais importante feira mundial de produtos orgânicos, a BioFach em Nuremberg (12-15 de Fevereiro), que conta este ano com a participação de 2.400 expositores dos quais 400 italianos e cerca de 40.000 visitantes profissionais. Este encontro entre profissionais do setor pode ser uma oportunidade de consolidar a nossa liderança, expandir o mercado de negócios para os Estados Unidos, e alguns países da América do Sul come Argentina e Brasil, além de reforçar o laço com a Alemanha que é o maior comprador de nossos produtos: principalmente frutas e legumes, frescos ou transformados, seguido pelo vinho, azeite e outros produtos com caráter Made in Italy, como o macarrão.
Por Cristina Curti, Analista ambiental, curti.cristina@hotmail.it , para o EcoDebate, 17/02/2014
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