A revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz referente ao mês de fevereiro está disponível on-line para acesso gratuito. Neste número, o óleo da copaibeira, árvore nativa da Amazônia, é apresentado como forte candidato para o desenvolvimento de quimioterápicos alternativos contra a leishmaniose cutânea, agravo tropical que atinge 22 mil brasileiros todos os anos.
Pesquisadores da Argentina e da França apresentam, ainda, achados sobre a recorrente reinfestação do transmissor da doença de Chagas, o Triatoma infestans, em uma região rural da província argentina de La Rioja.
A Shigella sonnei e o Corynebacterium striatum, bactérias envolvidas em disenterias agudas e em surtos de infecção hospitalar, respectivamente, também são temas desta edição.
Leia mais no site do IOC.
Data: 25.02.2013
Sobre os conteúdos:
Primeira edição de 2013 da Revista Memórias no ar
Novo princípio ativo contra a Leishmania extraído de uma planta medicinal da Amazônia e bactérias envolvidas em infecções hospitalares e em quadros severos de diarreia são temas do novo número
A edição inaugural de 2013 da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, referente ao mês de fevereiro, já está disponível online para acesso gratuito. Neste número, o óleo da copaibeira, árvore nativa da Amazônia, é apresentado como forte candidato para o desenvolvimento de quimioterápicos alternativos contra a leishmaniose cutânea, agravo tropical que atinge 22 mil brasileiros todos os anos. Pesquisadores da Argentina e da França apresentam, ainda, achados sobre a recorrente reinfestação do transmissor da doença de Chagas, o Triatoma infestans, em uma região rural da província argentina de La Rioja. A Shigella sonnei e o Corynebacterium striatum, bactérias envolvidas em disenterias agudas e em surtos de infecção hospitalar, respectivamente, também são temas desta edição. Acesse a versão online.
Quimioterápico natural contra Leishmania
Em busca de quimioterápicos alternativos para o tratamento da leishmaniose cutânea, agravo responsável, segundo a Organização Mundial da Saúde, por 1,5 milhão de novos casos a cada ano no mundo, pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) recorreram à sabedoria popular e encontraram um promissor medicamento natural cuja utilização data da colonização do Brasil: o óleo de copaibeira. Cientificamente conhecida como Copaifera officinalis, a copaibeira (ou copaíba) é uma árvore amazônica que produz um bálsamo amplamente utilizado contra inflamações cutâneas e internas, como amigdalites e problemas respiratórios. O estudo promoveu o isolamento de uma série de diterpenos do óleo que se mostraram eficazes contra o protozoário Leishmania amazonensis, tanto nas formas promastigotas quanto amastigotas. Confira a pesquisa.
Disenteria bacteriana
Associada a um grave tipo de disenteria que pode levar a hemorragias, inflamação do peritônio e até mesmo à morte, a bactéria do gênero Shigella é o foco deste estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A partir da análise de fezes coletadas de 157 crianças com diarreia atendidas pelo Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte, os cientistas identificaram cepas da Shigella em 11% das amostras. Cerca de 88% delas correspondiam à linhagem S. sonnei e, o restante, à S. flexneri. Foram encontrados, ao todo, cinco subtipos do patógeno e constatado alto índice de resistência aos antibióticos a base de sulfametoxazol e trimetoprima. As infecções por Shigella ocorrem por via fecal-oral através de água ou alimentos contaminados e estão presentes tanto nas nações em desenvolvimento quanto nas desenvolvidas.Veja o artigo.
Reinfestação do T. infestans
Principal forma de combate à doença de Chagas, o controle químico do Triatoma infestans, inseto transmissor do protozoário Trypanosoma cruzi, está comprometido na região rural de Los Llanos, uma das localidades argentinas mais pobres e áridas do país, situada na província de La Rioja. A reinfestação de currais, galinheiros e celeiros pelo triatomíneo popularmente conhecido como barbeiro vem colocando em risco famílias que vivem a apenas alguns metros destes habitats. Estima-se que a eficácia dos inseticidas seja reduzida em virtude da estrutura das construções, que facilita a degradação dos compostos químicos antes que ocorra uma penetração profunda. Neste estudo, pesquisadores do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, na Argentina, e do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, analisam as características morfológicas de insetos coletados antes e depois do uso de inseticidas, com o objetivo de identificar os fatores envolvidos na reinfestação. Dentre os achados, está a evidência de que triatomíneos procedentes tanto dos focos residuais quanto dos focos vizinhos participaram da composição de novas populações e uma maior sobrevivência das fêmeas após a desinsetização. Leia o estudo na íntegra.
Infecção hospitalar e multirresistência
O Corynebacterium striatum é uma bactéria comumente envolvida em infecções hospitalares. O estudo, desenvolvido em conjunto por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Defesa, foi analisado um surto de C. striatum em um hospital público do Rio de Janeiro. As amostras foram colhidas da traqueia de pacientes adultos entubados, que se encontravam na unidade intensiva ou no centro cirúrgico. A bactéria foi identificada em 15 delas, bem como duas linhagens multirresistentes distintas, intituladas como ‘tipo 1’ e ‘tipo 2’. A ‘tipo 1’ respondeu pela infecção de 11 dos 15 pacientes diagnosticados. O estudo ressalta, ainda, que cinco pacientes que morreram durante a realização da pesquisa estavam infectados por um dos dois tipos de linhagem multirresistente. Acesse-o aqui.
Link:
Nenhum comentário:
Postar um comentário