quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Pesquisa mostra que Chia não perde propriedades com aquecimento

05 de fevereiro de 2013

Em 2012, os pesquisadores do curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) avançaram nos estudos sobre a Chia. Eles realizaram testes comparativos do consumo das sementes (em temperatura ambiente e aquecida) e da farinha desengordurada de Chia (em temperatura ambiente e aquecida). O objetivo foi avaliar se, mesmo com aquecimento, o alimento proporcionaria os efeitos nutricionais e manteria sua estabilidade oxidativa.

Os resultados foram bastante animadores. Os cientistas, concluíram que todos os tratamentos estudados, realizados com a Chia, apresentaram benefícios para a saúde, quando incluído em dietas saudáveis, sendo uma importante fonte de fibras, minerais, proteínas e ácidos graxos poliisaturados, principalmente ômega 3. Os testes mostraram ainda que o consumo da Chia aquecida provocou diminuição do colesterol.

O trabalho será apresentado no World Conference on Health Promotion, (Conferência Mundial sobre Promoção da Saúde), que acontecerá de 25 a 29 de agosto, na Tailândia.

A pesquisa

O experimento foi feito com ratos da linhagem Wistar. Cada qual alimentado com uma dieta diferente. O Grupo Controle foi alimentado de acordo com a proposta do Instituto Americano de Nutrição para roedores adultos. Os demais grupos receberam, além da alimentação normal, acréscimo de 15% de semente de chia ou farinha desengordurada de chia na dieta. As porções em temperatura elevada foram aquecidas a 94 graus Celsius, temperatura alcançada no preparo de pães.

Durante seis semanas foram registrados peso corporal, ingestão de alimentos e água, excreção urinária e fecal. Além desses dados, foram coletados sangue e plasma, além de órgãos e gordura para comparação entre os grupos.
Divulgação:cronicasdeumpai.blogspot.com

Resultados

Muito mais saúde para o intestino. Os resultados apontaram que, todos os tratamentos com a Chia foram eficazes no aumento da excreção fecal em cerca de 150%, comparados ao grupo que não consumiu a semente ou farinha.

Mas nem todos os resultados foram iguais, e segundo a nutricionista Sandra Soares Melo, coordenadora da pesquisa e doutora em Ciência dos Alimentos, os testes apontam características específicas das diferentes formas de uso da Chia.

Os animais alimentados com a semente de Chia aquecida (CTE) demonstraram mais fome na sexta semana de experiência. “Para quem quer controlar a ingestão de alimentos e perder peso esta não é a melhor forma de consumir a Chia, mas é interessante para quem pretende controlar o colesterol”, avalia.

O estudo mostrou que os grupos que se alimentaram da Chia aquecida (tanto a semente como a farinha) apresentaram redução do colesterol.

Já a ação antioxidante, ou antienvelhecimento, foi constatada em maior quantidade na farinha da Chia em temperatura ambiente. A explicação, de acordo Sandra Soares Melo, é que nesse caso, os ácidos graxos da semente são retirados, visto que a farinha é desengordurada, além do produto não ser alterado em função da elevação da temperatura. “O aquecimento tende a acelerar o processo oxidativo”, explica.

Para a pesquisadora os resultados foram bastante satisfatórios. “Concluímos que, mesmo com algumas diferenças, todos os resultados com a Chia foram muito bons. Os benefícios fornecidos pelo grão podem ajudar muito na promoção da saúde”, salienta.

Postado por marciafelipe
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