05 de fevereiro de 2013
Em 2012, os pesquisadores do curso de Nutrição da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) avançaram nos estudos sobre a Chia. Eles realizaram testes comparativos do consumo das sementes (em temperatura ambiente e aquecida) e da farinha desengordurada de Chia (em temperatura ambiente e aquecida). O objetivo foi avaliar se, mesmo com aquecimento, o alimento proporcionaria os efeitos nutricionais e manteria sua estabilidade oxidativa.
Os resultados foram bastante animadores. Os cientistas, concluíram que todos os tratamentos estudados, realizados com a Chia, apresentaram benefícios para a saúde, quando incluído em dietas saudáveis, sendo uma importante fonte de fibras, minerais, proteínas e ácidos graxos poliisaturados, principalmente ômega 3. Os testes mostraram ainda que o consumo da Chia aquecida provocou diminuição do colesterol.
O trabalho será apresentado no World Conference on Health Promotion, (Conferência Mundial sobre Promoção da Saúde), que acontecerá de 25 a 29 de agosto, na Tailândia.
A pesquisa
O experimento foi feito com ratos da linhagem Wistar. Cada qual alimentado com uma dieta diferente. O Grupo Controle foi alimentado de acordo com a proposta do Instituto Americano de Nutrição para roedores adultos. Os demais grupos receberam, além da alimentação normal, acréscimo de 15% de semente de chia ou farinha desengordurada de chia na dieta. As porções em temperatura elevada foram aquecidas a 94 graus Celsius, temperatura alcançada no preparo de pães.
Durante seis semanas foram registrados peso corporal, ingestão de alimentos e água, excreção urinária e fecal. Além desses dados, foram coletados sangue e plasma, além de órgãos e gordura para comparação entre os grupos.
Divulgação:cronicasdeumpai.blogspot.com
Resultados
Muito mais saúde para o intestino. Os resultados apontaram que, todos os tratamentos com a Chia foram eficazes no aumento da excreção fecal em cerca de 150%, comparados ao grupo que não consumiu a semente ou farinha.
Mas nem todos os resultados foram iguais, e segundo a nutricionista Sandra Soares Melo, coordenadora da pesquisa e doutora em Ciência dos Alimentos, os testes apontam características específicas das diferentes formas de uso da Chia.
Os animais alimentados com a semente de Chia aquecida (CTE) demonstraram mais fome na sexta semana de experiência. “Para quem quer controlar a ingestão de alimentos e perder peso esta não é a melhor forma de consumir a Chia, mas é interessante para quem pretende controlar o colesterol”, avalia.
O estudo mostrou que os grupos que se alimentaram da Chia aquecida (tanto a semente como a farinha) apresentaram redução do colesterol.
Já a ação antioxidante, ou antienvelhecimento, foi constatada em maior quantidade na farinha da Chia em temperatura ambiente. A explicação, de acordo Sandra Soares Melo, é que nesse caso, os ácidos graxos da semente são retirados, visto que a farinha é desengordurada, além do produto não ser alterado em função da elevação da temperatura. “O aquecimento tende a acelerar o processo oxidativo”, explica.
Para a pesquisadora os resultados foram bastante satisfatórios. “Concluímos que, mesmo com algumas diferenças, todos os resultados com a Chia foram muito bons. Os benefícios fornecidos pelo grão podem ajudar muito na promoção da saúde”, salienta.
Postado por marciafelipe
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