quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Vício em chocolate está ligado a causas psicológicas

06 de setembro de 2013


Saúde com Ciência desta semana traz um Quiz Temático que tira dúvidas da população sobre assuntos polêmicos como emagrecimento, doenças cardíacas e chocolate
Saborear uma boa barra de chocolate sem se preocupar com as calorias ingeridas. Enquanto as contestadas versões light do alimento ainda são raras no mercado, essa situação representa um sonho de consumo dos chocólatras de plantão. O jeito, então, é maneirar no consumo ou recorrer ao chocolate diet, encontrado com mais frequência?

O endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Márcio Lauria, esclarece que o chocolate diet tem menos carboidrato do que o normal. No entanto, para se tornar palatável, ele tem um teor de gordura aumentado. “Em termos de calorias, eles são muito parecidos, mas o diet traz menos quantidade de açúcar”.

Em relação às características nutricionais do chocolate, o professor também ressalta que, apesar dos diferentes sabores do alimento, elas são muito semelhantes. “Um chocolate difere do outro principalmente na composição: o tanto de cacau, leite, conteúdo de cálcio. São questões mais de paladar, levando em consideração que em uma dieta saudável, a gente orienta o uso esporádico do alimento, em pequenas quantidades”, indica. Sendo assim, pessoas diabéticas ou que almejam a perda de peso devem ser ainda mais cuidadosas, mas não precisam “abrir mão” do consumo moderado.
Ilustração: Bruna França

Cuidado redobrado também para gestantes e indivíduos que sofrem com o cálculo renal. “Depende da situação da grávida, mas é importante que ela não ganhe muito peso nessa fase, até porque ela fica mais quieta e se exercita menos. Depende do tipo de cálculo que a pessoa tem também, alguns cálculos de oxalato são mais problemáticos quanto a isso”, adverte Márcio Lauria. Mesmo assim, ele reforça que a quantidade de chocolate ingerido é o fator determinante para possíveis complicações.

Por fim, o professor explica o suposto vício do alimento por parte de algumas pessoas. “Ele pode provocar a liberação de neurotransmissores e isso dá uma sensação de prazer, mas do ponto de vista orgânico mesmo, essa dependência é muito mais psicológica do que física”, avalia.


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