A partir de 30 de setembro, pesquisadores de todo o mundo e o público em geral terão acesso a mais de 420 mil imagens em alta resolução e dados de amostras de plantas brasileiras, com o lançamento do Herbário Virtual-Reflora. A iniciativa é do CNPq em parceria com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que sedia o Herbário Virtual, o Royal Botanic Gardens, Kew, no Reino Unido, o Muséum National d’Histoire Naturelle de Paris e a Faperj, com patrocínio das empresas Natura e Vale.
Nos séculos XVIII e XIX, naturalistas estrangeiros que visitavam ou residiam no Brasil, e alguns brasileiros, coletaram grande quantidade de amostras vegetais no país e as remeteram para herbários europeus. Essas amostras, denominadas tecnicamente de “exsicatas”, são de fundamental importância para o conhecimento da flora brasileira. Para ter acesso a elas, os pesquisadores são muitas vezes obrigados a viajar para os países onde estão guardadas. A iniciativa de repatriá-las em formato digital e disponibilizá-las online visa assim dar um grande impulso para os diferentes tipos de estudos que elas possibilitam.
HV Reflora – Iniciado em 2011, o HV-Reflora já repatriou cerca de 120 mil amostras, com todos os dados, de Paris e de Kew. O projeto inclui ainda a digitalização das imagens e dados de todas as amostras que compõem o herbário físico do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o maior do Brasil. Das quase 600 mil exsicatas do JBRJ, 300 mil serão disponibilizadas online no dia do lançamento. As amostras do JBRJ mostram o trabalho dos nossos naturalistas e cientistas, como Kuhlmann, Sucre, Brade e Ducke, entre outros.
Em 30 de setembro, o HV-Reflora será o maior conjunto de imagens de amostras botânicas já disponibilizado no país. E já há três novos parceiros se preparando para participar do projeto – os jardins botânicos do Missouri e de Nova York (EUA) e o Herbário do Museu Histórico Nacional de Viena. A estimativa é de que, até 2015, chegue-se a 1 milhão de exsicatas online. Graças a um processo fotográfico de captura, mil novos registros são incluídos no sistema por dia. As imagens de altíssima resolução permitem analisar pequenos detalhes das amostras e tirar medidas das estruturas botânicas, entre outras facilidades.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Julia Guttler/Ester Santos
(21) 3204-2498
ascom@jbrj.gov.br
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