quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Alimentação nas creches e escolinhas – o que a mãe (e as nutricionistas) precisam saber

fevereiro 8, 2014 por Alimentação e Saúde Infantil
Os trechos publicados abaixo foram retirados do Manual de Orientação para a Alimentação Escolar na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos, produzido e elaborado pelo PNAE _ Programa Nacional de Alimentação Escolar e FNDE _ Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Devido a determinadas ocorrências relacionadas ao fornecimento de alimentação a escolares, tanto no que concerne a seu conteúdo, quanto horários e mesmo escândalos financeiros, o objetivo principal de exposição de trechos do manual é auxiliar mães, pais e responsáveis a garantirem alimentação adequada às crianças de todas as faixas etárias.

Nas creches, visando contribuir para a manutenção do aleitamento materno pelo maior tempo possível, os líquidos devem ser oferecidos ás crianças em copos ou colheres.

Deve-se lembrar que a mãe poderá continuar a amamentar a criança em casa, de manhã e a noite, e deve-se buscar facilitar esta prática, evitando-se o desmame total da criança.

Na impossibilidade do aleitamento materno em tempo integral, como no caso de lactentes frequentadores de creches em período integral a partir dos 4 meses, há necessidade de algumas orientações:

1) É conveniente evitar o leite de vaca não modificado no primeiro ano de vida em razão de um maior risco de desenvolvimento de alergia alimentar, desidratação e predisposição futura para excesso de peso e suas implicações.

2. Atender as características e especificidades de introdução dos alimentos, em função da faixa etária em questão, estimulando o consumo de alimentação básica e alimentos regionais variados como arroz, feijão, batata, legumes, frutas, mandioca/macaxeira/aipim, legumes, frutas , etc.

3. Deve-se elaborar cardápios contendo importantes fontes de ferro;

4. Após os 6 meses, para aquelas com aleitamento materno exclusivo, deve-se introduzir a alimentação complementar, que pode ser considerada como qualquer alimento que não o leite materno e que pode ser oferecido à criança amamentada.

Os profissionais vinculados à elaboração e administração das refeições das crianças devem ser capacitados quanto ao preparo e conhecimento adequados relativo ás técnicas corretas e seguras de elaboração dos alimentos/refeições,bem como o
número e horário das mesmas.

A pequena capacidade gástrica impede que as crianças pequenas supram suas necessidades energéticas por meio de alimentos diluídos. Por isto, sopas, sucos, mingaus, leite e alimentos muito diluídos e oferecidos em mamadeiras devem ser evitados.

Ressalta-se também que o uso de mamadeiras oferece riscos de contaminação, com prejuízos à saúde das crianças assim como a possibilidade de deformações na formação dentária.

Deve-se evitar alimentos industrializados, incluindo-se nas várias refeições diárias, frutas, verduras e legumes, de preferência os orgânicos e/ou agroecológicos.

Existem creches onde as crianças permanecem em período integral e por isso, devem receber o lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. O conjunto destas refeições deve atender, no mínimo, 70% das necessidades nutricionais diárias das crianças.

Existem crianças que permanecem na creche somente meio período.

As crianças que permanecem pela manhã recebem o lanche da manhã e o almoço e as crianças que permanecem à tarde devem receber o lanche da tarde e o jantar, sendo que este conjunto de duas refeições deve atender, no mínimo, 30% das necessidades nutricionais diárias das crianças.

É necessário supervisão para verificar se todos os escolares chegam à escola , á tarde, já alimentados (com alomoço).

Em caso negativo, sugere-se que sejam fornecidas 2 refeições aquelas crianças que vão para a escola sem alimentar-se (uma assim que chegar a escola e outra junto com os demais), perfazendo um total de, no mínimo, 30% das necessidades nutricionais diárias.

Além de garantir o acesso à alimentação, é necessário garantir que esta alimentação seja de qualidade. Para tanto, alimentos de alto valor nutricional, como frutas e verduras devem ser continuamente ofertados, incentivando assim seu consumo.

Ressalta-se também que há na alimentação escolar a obrigatoriedade de se oferecer, no mínimo, três porções de frutas e hortaliças por semana (200g/aluno/semana) aos escolares.

Fonte: 
Manual de orientação para a alimentação escolar na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e na educação de jovens e adultos / [organizadores Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos...et al.] – 2. ed. – Brasília : PNAE :
CECANE-SC, 2012. 48 p.

(Manual de instruções operacionais para nutricionistas vinculados ao PNAE e diretores escolares)

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