Projeto que cria picolés com receitas saudáveis conquistou o primeiro lugar em feira sul-americana
Daiane Zanghelini daiane.vieira@an.com.br
Francielly (E), Gabrielle e Jean tiram a matéria-prima da horta da própria escolaFoto: Germano Rorato / Agencia RBS
A experiência de produzir picolés com alimentos saudáveis rendeu a três alunas de Jaraguá do Sul o primeiro lugar na Feira Sul-americana MCTA - Movimento Científico e Tecnológico Escola de Açaí, em Barcarena, no Pará, que aconteceu entre os dias 25 e 28 deste mês. Com a classificação, elas irão representar Santa Catarina numa feira internacional de ciências no ano que vem em Assunção, capital do Paraguai.
Gabrielle Demarchi Kemczynski, 13 anos e Francielly Eduarda Pinto, 14, estudantes do 9º ano da Escola Municipal Professor Antônio Estanislau Ayroso, no bairro Jaraguá 99, e Jeniffer Stefani Teske, 14 anos, do 9º ano da Escola Municipal Cristina Marcatto, no bairro Jaraguá Esquerdo, desenvolveram o projeto "Saúde no Palito" ao criarem picolés com receitas à base de plantas medicinais, frutas, verduras e legumes, sob orientação do professor de ciências Jean Mary Facchini e co-orientação da professora de artes Regina Celi Ruthes Schelbauer.
Na feira sul-americana, elas concorreram com mais de 100 trabalhos de todo o Brasil e também de outros países, como Colômbia, Peru, Chile e Equador, em cinco categorias: ciências sociais exatas e da Terra, ciências agrárias, ciências biológicas, saúde e engenharia.
O trabalho começou no ano passado, quando as três meninas estudavam juntas na Escola Antônio Estanislau Ayroso. O projeto ganhou o primeiro lugar na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace), em São Paulo, em março deste ano, e na Feira de Iniciação Científica da escola, em agosto de 2012.
As meninas utilizaram alimentos da horta da escola e criaram picolés saudáveis e gostosos. O preferido dos estudantes foi o picolé analgésico, feito com beterraba, hortelã e melado, mas também havia outras misturas interessantes - como a que vai capim-limão, limão e mel, com propriedades anti-inflamatórias. As estudantes também montaram tabelas nutricionais para cada uma das receitas desenvolvidas.
— É uma responsabilidade enorme representar Santa Catarina num evento internacional. Estamos felizes não só por termos sido premiadas, mas por tudo o que aprendemos ao trocar experiências com pessoas de outros lugares do País e do mundo — comenta Francielly.
O professor Jean Mary Facchini diz que a premiação mostra que é preciso incentivar a iniciação científica nas séries iniciais e no ensino fundamental.
— O Brasil precisa de soluções que só virão através da ciência — complementa.
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