quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Goiás: Hospital de Medicina Alternativa (HMA)

O HMA


A trajetória do HMA iniciou em agosto de 1986, com o intuito de promover a saúde integral da comunidade. Foi criado por meio de um convênio entre a Organização de Saúde do Estado de Goiás (OSEGO), o Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS) e o Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia Maharishi (IBCTM).

A primeira ação realizada pela Instituição recém criada em Goiânia, foi o I Curso de Fitoterapia Ayurvédica (método terapêutico milenar de origem indiana), inédito no Brasil até então. O corpo docente contou com a participação de médicos indianos formados em Ayurveda e profissionais brasileiros das áreas de medicina, farmácia e botânica.

Este curso ensejou a capacitação teórico-prática de médicos, farmacêuticos, enfermeiros e agrônomos do quadro da Secretaria de Estado da Saúde, os quais iniciaram a implantação da fitoterapia ayurvédica na rede pública estadual.

Em fevereiro de 1987, no Centro Social Urbano do Jardim América, foi implantado um serviço de atendimento ambulatorial, bem como um pequeno laboratório farmacêutico, ambos funcionando como estágio para a formação prática dos médicos e farmacêuticos.

Em abril de 1988, o Ambulatório de Ayurvédica foi transferido para uma pequena ala do Antigo Hospital JK, que , à época, estava em processo de desativação, localizado na Br-153, Km-8, Bairro Santo Antônio - Goiânia.

Em 23/09/88, através do decreto nº 3045 alterando o decreto nº 2740 de 11/06/87, o ambulatório de Terapia Ayurvédica tornou-se um Hospital Especializado, pertencente à rede de unidades da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, sob a designação de Hospital de Terapia Ayurvédica, conforme Diário Oficial do Estado de Goiás nº 15576. Após esta data o Hospital recebeu o atual nome de Hospital de Medicina Alternativa.

Outros cursos foram realizados posteriormente, com a participação dos vaydias (médicos indianos especializados em Ayurveda), possibilitando a capacitação de outros profissionais da área da saúde como biólogos, nutricionistas, psicólogos etc.

No primeiro momento o atendimento médico restringiu-se à prescrição de fitoterapia, evoluindo posteriormente para a homeopatia, com a implantação da Farmácia Homeopática. Nos anos que se seguiram o atendimento foi ampliado para os serviços de acupuntura, enfermagem, nutrição, quiropraxia, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, serviço social e de ensino e pesquisa.

Em 2003 foi criada a CEFITO – Comissão Estadual de Fitoterapia, com a participação de várias instituições ligadas direta ou indiretamente ao desenvolvimento do uso das plantas medicinais e fitoterápicos no Estado. Essa comissão é responsável por discutir as normas e diretrizes do Ministério da Saúde para a implantação dos serviços de fitoterapia na rede pública de saúde do Estado além de estimular, avaliar e priorizar projetos de estudo, pesquisa e produção de plantas medicinais. 

Na área do HMA está incluído um horto de plantas medicinais, onde são cultivadas a maioria das plantas utilizadas no serviço. Existe também um galpão para recepção, seleção, beneficiamento e armazenamento das plantas medicinais, uma farmácia de manipulação homeopática e uma farmácia de manipulação de fitoterápicos. Em média são atendidos 200 pacientes por dia, nas áreas de Fitoterapia, Homeopatia e Acupuntura além das palestras e grupos de pacientes em andamento.

Missão - "Contribuir para o bem estar físico e mental da população do Estado de Goiás, utilizando-se das diversas formas de terapias alternativas, através da validação, cultivo, manipulação de plantas medicinais e distribuição dos medicamentos processados à mesma, bem como estabelecer parcerias com entidades afins que possibilitem a realização de pesquisas científicas e capacitação de profissionais da área".

Visão - "Através do trabalho de equipe multiprofissional e do aprimoramento contínuo, tornar o HMA referência nacional e internacional em medicina alternativa".

História das práticas complementares e integrativas de saúde no SUS, no Brasil:

No Brasil, a legitimação e a institucionalização dessas abordagens de atenção à saúde iniciou-se a partir da década de 80, principalmente após a criação do SUS. Com a descentralização e a participação popular, os estados e os municípios ganharam maior autonomia na definição de suas políticas e ações em saúde, vindo a implantar algumas experiências pioneiras. Vários eventos e documentos merecem destaque na regulamentação e tentativas de construção dessa política. 

O tratamento a base de plantas medicinais com a finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnósticos, passou a ser oficialmente reconhecida pela OMS em 1978. Recomendou-se, então, a difusão em nível mundial dos conhecimentos necessários para seu uso.

A partir da década de 80, diversos documentos foram elaborados enfatizando a introdução de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção básica no sistema público.

Um levantamento realizado junto a estados e municípios em 2004, mostrou a estruturação de algumas dessas práticas contempladas na política em 26 Estados, num total de 19 capitais e 232 municípios.

No âmbito federal, cabe assinalar ainda, que o Ministério da Saúde realizou, em 2001, o Fórum para formulação de uma proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos, do qual participaram diferentes segmentos tendo em conta, em especial, a intersetorialidade envolvida na cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos.

Em 2003, o Ministério promoveu o Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência Farmacêutica. Ambas as iniciativas apontaram contribuições importantes para a formulação dessa Política Nacional, como concretização de uma etapa para elaboração da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.Em 3 de maio de 2006, o MS instituiu através da Portaria 971, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares prevendo a inclusão no sistema de saúde da fitoterapia, homeopatia, acupuntura e Termalismo Social (águas minerais). Os municípios ganharam autonomia para a denifição das políticas públicas a serem implementadas com médicos especializados.

Seção de Ensino e Pesquisa - SEP

No organograma do HMA, a SEP está diretamente ligada à Diretoria Geral, por ser uma área estratégica para todos os demais setores da unidade.

A Seção de Ensino e Pesquisa do HMA foi criada no Hospital de Medicina Alternativa no ano de 1999, com o objetivo de incentivar e promover estudos, pesquisas e ensino nas áreas de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Público de Saúde em Goiás.

Desde então, a Seção vem realizando diversas ações, promovendo eventos, apoiando e acompanhando pesquisas realizadas na Unidade. Quanto aos cursos estabeleceu um Programa de Educação Permanente para colaboradores da unidade e do SUS de forma geral.

Atividades Desenvolvidas

Esta Seção participa de todas as atividades realizadas no HMA como: Semana da Mulher, Implantação da ISO9000, CIPA e na busca da melhoria do acervo bibliográfico.

A Seção de Ensino e Pesquisa conta com uma equipe técnica experiente e bem capacitada e que vem realizando importantes atividades internas e externas em parceria com os demais colaboradores do HMA, tais como: 


1- I Curso de Introdução ao Ayurveda, no ano de 2000, para reciclagem dos médicos, farmacêuticos, agrônomos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais do HMA, com a participação de colaboradores da OVG e da UFG.

2- Curso de Medicina Ayurvédica e Filosofia Védica, com o médico indiano Dr. Gullapalli V. R. Chowdhury, aberto à comunidade científica de Goiás.

3- Implantação em 2000, mantendo até os dias atuais, atividade científica quinzenal, dentro do Programa de Educação Permanente, denominada Sexta Científica, com a participação dos profissionais de saúde do HMA e convidados.

4- Cursos de Qualidade no Atendimento, para os colaboradores da nossa unidade, visando sempre melhorar os serviços oferecidos à comunidade.

5- Representar o HMA em vários eventos estaduais e nacionais, incluindo uma apresentação internacional no Centro Sul-Americano no Peru, no ano de 2001, sempre com o intuito de divulgar e buscar apoio para as iniciativas em práticas integrativas e complementares na saúde pública.

6- Estabelecer convênios e parcerias com outras instituições públicas, privadas, autarquias e filantrópicas, visando o desenvolvimento de pesquisas científicas na área de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.

7-Capacitar estagiários, voluntários , prestadores de serviço e alunos de cursos do HMA sobre a introdução ao conhecimento da filosofia desta Unidade.Cultivo e Coleta de Plantas Medicinais

Cultivo de plantas medicinais no horto


O HMA cultiva, em seu horto de plantas medicinais, cerca de 60 espécies de plantas medicinais. Aproximadamente 20 espécies de plantas prescritas pelos médicos são adquiridas por meio de processo de compra, e, em torno de 30 espécies são coletadas em caráter de extrativismo ordenado e preservacionista, em áreas previamente contatadas e inspecionadas pelo profissional engenheiro agrônomo responsável.

Site do HMA
http://www.saude.go.gov.br/index.php?idEditoria=4575

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